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terça-feira, 1 de março de 2011

"Temos de falar. Vou-te buscar amanhhã de manhã, pelas 8. Veste calças, nada de saltos altos e um casaco quente. Bjs." nem me deixaste perguntar mais nada.

Não falavamos há algum tempo. As saudades já apertavam.

Não consegui dormir em condições, virava para um lado e para o outro, a janela um pouco aberta por causa do calor que se fazia sentir mas também para ver o nascer do dia. De cada vez que me virava, a sensação da maciez dos lençóis de seda na minha pele nua, só me conseguia lembrar das tuas mãos a percorrerem-me o corpo, o teu corpo quente, macio junto ao meu, a tua boca, na minha, lábios macios, a tua lingua atrevida a lamber-me os seios, mordicando-me os mamilos, ... Não resisti e acariciei-me imaginando-te ali comigo, os seios rijos, o sexo húmido, o vai-vem frenético dos meus dedos, sentia-me quente, gemia de prazer, imaginei que me lambias ao mesmo tempo que me acariciava, o climáx, queria ter-te ali, beijar-te, sussurar-te ao ouvido o quanto te desejo... 


Acordei cedo, o dia estava lindo, aqueles dias de Sol, em que a vida parece que explode lá fora e em que sentimos o mesmo por dentro. Estava nervosa, não sabia o que querias falar comigo. Tinhamos decidido dar um tempo, não conseguiamos manter uma relação estável, as incompatibilidades eram muitas, mas o sexo, esse era fantástico para ambos. A comunhão era total, não era necessário falar, desde o 1º dia que sabiamos exactamente os pontos de prazer um do outro, como fazer o outro trepar pelas paredes e atingir o céu. Parecia que nos conheciamos há anos.

"Estou a chegar, desce", o telefone despertou-me dos meus desvaneios.

Desci pelas escadas, estava nervosa demais para esperar pelo elevador, sentia-me trémula por dentro, frio e calor ao mesmo tempo, um arrepio percorria-me a espinha sempre que pensava como iria ser quando olhasse novamente nos teus olhos, o que te diria, beijava-te ou dizia um simples olá.

Apareceste de moto, preta, capacete preto, viseira escura, não te vi os olhos. Deste-me um capacete para a mão e disseste para subir e agarrar-me bem a ti.

Coloquei o capacete e subi, agarrando-me com as duas mãos uma de cada lado das tuas costas, arrancaste devagar, tomando as A3. Imaginei que fossemos ao Gerês, ao nosso sítio. Agarraste-me as mãos e puxaste-as para a frente de modo a ficarem cruzadas . Senti o meu peito nas tuas costas, de imediato os bicos dos meus seios reagiram ficando hirtos. O vento a bater-nos na cara, sensação espectacular, a paisagem a fugir a toda a velocidade, só as nossas divergências não fogem.



Ao aproximarmo-nos da serra, abrandaste para apreciarmos a beleza da natureza que tanto amamos, o verde, as cascatas de água límpida, o chilrear das pássaros...

Paraste a moto num sítio calmo, o silêncio humano imperava, apenas ouviamos a natureza e o meu coração descompassado dentro do peito.


"Vem, vou mostrar-te uma coisa", deste-me a mão e puxaste-me para um caminho no meio da mata. Ouvia o barulho da água, mas não sabia para onde me levavas, até que chegamos ao sítio mais lindo que já alguma vez tinha visto, uma cabana na floresta com uma queda de água por trás, lindo. Puxaste-me para dentro, a lareira estava acesa, na mesa havia fruta, sumos, água.



Pegaste num morango e trincaste-o enquanto me puxavas para ti e beijavas de leve os meus lábios, com a lingua traçaste o caminho do lobulo da minha orelha, o pescoço, vale dos seios, abres-me a camisa e agarra-los com as mãos abertas, beijando-os ao de leve um de cada vez. Já estou em brasa, palavras para quê, só te quero sentir, ver  o teu corpo. Levas-me para junto do fogo e amas-me como nunca o fizeste antes. Cada cm da minha pele arde de prazer, arqueio o meu corpo para ti, a tua boca, mãos percorrem-me, ondas de prazer crescem a cada minuto que passa, sinto-me toda húmida, a lingua a percorrer-me as coxas, os dedos a brincarem com o meu clitóris, encostas o teu sexo mas brincas comigo, só roças ao de leve, quero-te dentro de mim, mas não me dás o que quero, gemo de frustação e prazer ao mesmo tempo, até que me penetras de uma só vez, devagar mas profundamente. Sinto toda a extensão do teu membro, mas de repente, sais de mim novamente, queres que sinta na minha boca todo o tesão que estás a sentir, as veias latejantes, lambo-o, tem o meu sabor, é delicioso sentir-te, adoro...entras em mim novamente, arqueio as ancas, puxas-me para ti e brincas comigo, penetras-me ora devagar ora com investidas fortes que me levam ao delírio... peço mais, sais de mim e lambes-me mais uma vez, guloso, não aguento mais e venho-me em espasmos de prazer, na floresta só o som dos pássaros, da cascata e os nossos gritos de prazer, quero-te dentro de mim, deito-te de costas e sento-me no teu colo enquanto me penetras, cavalgo no teu membro, sinto que vais chegar ao orgasmo, entrego-me totalmente nos teus braços...

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