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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Foste a minha mais bela história de amor adolescente, com todos os arrufos de paixão assolapada, como dizia a minha avó.
Acabado o liceu, cada um seguiu o seu caminho, tu para a Faculdade de Medicina, com que sempre sonhaste, querias ser Pediatra; eu para Gestão, há última da hora descobri a minha verdadeira vocação.

 E agora, passados estes anos todos, reencontramo-nos assim de chofre, num consultório de ginecologista: tu és o médico que substituiu a minha médica num dia de imprevisto, em que teve de faltar.

Olhamos um para o outro, sem uma palavra. Tornaste-te um belo homem, alto, moreno, cabelo escuro um pouco desalinhado, os olhos de um verde profundo em que sempre me perdi, qual profundezas de um lago sem fundo.

Tremia ligeiramente, nervosa. Sorriste para mim, aquele sorriso de miúdo safado, que me desarmava completamente.

"Como estás? Passou muito tempo desde a última vez em que nos vimos"

Tu a entrares no comboio para Coimbra. Mochila às costas, calças de ganga, t-shirt...acenaste-me a rir :" Depois ligo-te"- disseste, até hoje.

Agora, homem feito, desejável, ali à minha frente e ainda por cima, prestes a examinar as minhas partes mais intímas que já tocaste, beijaste com sofreguidão, penetraste com o puro tesão dos 18 anos, provocando-me orgasmos intensos. Tudo me voltava á memória e o corpo reagia a essas memórias com intensidade. Sentia os cabelos da nuca arrepiado, friozinho no estômago, mamilos erectos e a minha vagina húmida, quente, ansiava não pelo teu exame manual, mas pelas investidas do teu sexo, oh sim, e tu notaste pelo rubor das minhas faces a excitação em que estava. Tinhas os olhos vidrados nos meus lábios entreabertos, ansiando pelos teus beijos.

Levantaste-te e não pude deixar de reparar no volume das tuas calças, estavas teso de tão excitado como eu.

Chegaste ao pé de mim, agarraste-me os cabelos e disseste que me querias ter novamente.

Abri-te o ziper das calças e o teu sexo saltou para fora de imediato, agora com um ar mais adulto, pelo púbicos aparados, mas grosso, veias salientes, trémulo de excitação, como antes. Abocanhei-o todo, com enorme satisfação, estremeceste de prazer...



Levantaste-me da cadeira em que estava sentada e levaste-me para a marquesa, senti a tua língua, a tua boca no meu sexo, devagar, lambendo os lábios, depois o clitóris, sugando, chupando-o, ondas de prazer atravessavam-me o corpo. Queria-te todo dentro de mim, que me fornicasses até explodirmos ambos de prazer. Mas continuaste a torturar-me, o meu corpo contorcia-se a cada toque teu nos meus seios, a cada labidela, quando meteste os dedos na minha vagina e me começaste a lamber ao mesmo tempo, perdi o Norte de vez, entrei numa outra dimensão de prazer absoluto, só existiamos nós e o prazer que sentiamos...Os nossos gemidos misturavam-se com o barulho da chuva lá fora.



Quando entraste lentamente em mim foi o delírio total, a cada investida tua, sentia o teu sexo em cada milimetro do meu, penetravas-me ora devagar ora com mais força e rapidez provocando-me sensções que há muito não sentia. Todo o meu corpo gritava prazer...


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